Guess your dreams always end...

Guess your dreams always end, they don't rise up just descend

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Vida tão só, vida tão estranha

Nem sei por onde começar. Sinto-me tão triste hoje. Dói-me o corpo e a alma. Não encontro palavras para exprimir esta solidão, este desespero mudo, este aperto no peito que quase não me deixa respirar e que faz com que só me apeteça chorar, gritar, arrancar os cabelos, fazer qualquer coisa para que isto desapareça. Mas como não sei o que fazer fico quieta, com o coração comprimido, as lágrimas quase a saltar, a olhar para as paredes e a pensar porque é que a minha vida é isto, porque é que eu sou assim, o que é que hei-de fazer. Sinto-me perdida, sinto-me inútil, sinto-me uma merda. E só me apetece ficar assim, na cama, a ouvir as músicas mais tristes que encontro, pode ser que assim as lágrimas consigam sair e este nó afrouxe um bocadinho. E isolar-me e nunca mais ver ninguém, porque não adianta, mesmo estando no meio da multidão sinto-me sozinha. Sinto que ninguém me compreende, como sentia quando era miúda, mas também quem é que pode compreender esta angústia que nem eu mesma sei de onde vem? Não encontro posição, dói-me tanto o peito. Além de tudo tenho medo, medo que este sentimento nunca desapareça, porque mesmo quando estou feliz trago sempre um bocadinho de tristeza na minha alma, é como se fosse uma doença incurável que de vez em quando alivia um bocado para depois voltar a inchar e a doer cada vez mais. Sinto-me presa numa armadilha, tenho medo de nunca conseguir sair, sinto que nunca vou realizar os meus sonhos, que se for a pensar bem nem sei bem quais são. Não durmo bem há tanto tempo, e acordo sempre sem vontade de sair da cama porque sei que não há nada de bom à minha espera. Não sei o que fazer, acho que a única pessoa que me pode ajudar sou eu mesma, mas não tenho forças nem sabedoria para isso. Às vezes queria tanto deixar de existir...

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